Através deste projeto, a galeria pretende gerar um diálogo entre países com afinidades coloniais e históricas, reflectindo sobre o conceito de descolonialidade e procurando promover uma reflexão sobre a forma como a arte contemporânea africana se tem vindo a afirmar à escala global.
Nesta edição, destacamos René Tavares (S. Tomé e Príncipe), Cássio Markowski (Brasil), Dagmar van Weeghel (Holanda) e Cristiano Mangovo (Angola). Será dado especial destaque à série de retratos da fotógrafa Dagmar van Weeghel, "For Sarah - The African Princess", inspirada em Sarah Forbes Bonetta (1843), uma princesa africana do povo Yoruba, que se tornou afilhada da Rainha Vitória da Grã-Bretanha, no momento em que se procura promover o processo histórico de trasladação dos seus restos mortais da ilha da Madeira para o seu país natal, na Nigéria.
Desenvolvido e curado especificamente para a edição de 2024 da ARCO, como uma extensão dos trabalhos apresentados nas últimas edições, o projeto reflecte sobre a emergência de uma visão crítica do colonialismo e sobre a importância que a diáspora africana - materializada nas obras destes artistas -, os projectos curatoriais associados, a investigação e os estudos documentais assumem na produção de um renovado discurso histórico da arte na contemporaneidade.
Fica atento para mais informações!