Bete Marques Brasil, 1975

Bete Marques incorpora frequentemente na sua prática artística o uso de objetos do quotidiano para criar montagens arrojadas, inspiradas na plasticidade visual das favelas sul-americanas, promovendo uma intensa exploração de pigmentos e formas.

Cobertas de luz e cor e, por vezes, acompanhadas por pequenas caixas de música acesas manualmente, as suas instalações refletem a realidade social de muitas cidades do seu país natal. Estas favelas monumentais materializam o olhar da artista sobre a realidade social e a cultura popular brasileira, constituindo a imagem de uma estrutura viva e material cuja interpretação depende da análise histórica do desenvolvimento urbano local e global. Nas suas instalações, Bete Marques explora também questões mais amplas, como ecologia, migrações globalizadas, estruturas socioeconómicas e identidade.