Gonçalo Mabunda Moçambique, 1975

Apresentação

Gonçalo Mabunda nasceu dois anos antes do início da sangrenta guerra civil moçambicana que dividiu a região por mais de 15 anos e que moldaria para sempre o seu país e a sua carreira artística. Com base na memória coletiva e na história política do seu país, Mabunda trabalha com armas desativadas recuperadas desta longa e terrível guerra, como rockets, minas terrestres, AK47s, entre outros objetos. Ele transforma essas armas e materiais relacionados com a guerra em móveis ou esculturas de formas antropomórficas, como máscaras ou figuras. Estas máscaras e figuras, criadas como uma alusão à arte e danças tradicionais africanas locais, assumem uma estética modernista notável, comparável às imagens produzidas por Braque ou Picasso.

 

Na série de imponentes Tronos, pela qual o artista é mais famoso, Mabunda reflete de forma crítica e irónica sobre a sua experiência pessoal de infância no meio da violência da guerra civil. Combinando símbolos tribais, artefactos tradicionalmente associados ao poder e as armas usadas durante a guerra, estes Tronos carregam fortes conotações políticas e a noção do poder transformador da arte.

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