Representation of the Human Figure in Angola: Group Show, Banco Económico Gallery

A Exposição, que representa cerca de 60 artistas angolanos em 89 obras de arte (pintura, escultura, fotografia, instalação e vídeo), comporta ainda uma secção dedicada a outros meios de expressão como a Banda Desenhada e a Street Arte, bem como reproduções de pinturas e postais cedidos, a partir de 1850 e com maior foco nos anos 50 a 70, pelo Arquivo Nacional de Angola/Ministério da Cultura, convidando o publico a interagir com o material. 
A exposição estará patente ao público em geral de 10 de Março a dia 4 de Abril.
António Ole, Délio Jesse, Ana Silva, Kapuka, Francisco Vidal, Mónica de Miranda, Januário Jano, Keyezua, Nelo Teixeira, Yonamine, Hildebrando Melo e José Silva Pinto, são alguns artistas representados nesta mostra que resulta da pesquisa e selecção da This Is Not A White Cube que propõe a observação de produções artísticas de 1950 até aos nossos dias.  A exposição inclui pintura, escultura, instalação, fotografia e vídeo. Contamos com obras cedidas por varias colecções privadas institucionais: BAI, Caixa Angola, Ensa e Total Angola e de colecções individuais. 
A Exposição “Representação da Figura Humana na Arte em Angola” evidencia como convivem e dialogam com as várias representações da figura humana, desde as mais tradicionais até às resultantes das novas tecnologias. 
O tema da figura humana e da sua representação é pertinente no âmbito das artes, quer por ser um tema de sempre, mas também actual, quer por ser transversal nas suas várias expressões, como a dança, o teatro, a música, as artes plásticas, a arquitectura, o cinema entre outros, tendo as suas formas variadas muito de época para época, de acordo os contextos político e social.
Sabemos que a história da representação da Figura Humana se encontra atravessada pelo acto de conhecer o universo pelo próprio homem. Nesse sentido, ao revermos a nossa história, nos vemos a identificar e compreender as diferentes configurações culturais, conformadas por percepções sociais, filosóficas, religiosas e científicas. Subjacentes às manifestações expressivas de cada cultura, projectos imersos na consciência preceptiva que tais sujeitos produziram sobre o mundo, encontram-se as projecções do homem. 
O corpo é e sempre será um complexo de símbolos que vai além de si mesmo.
Assim sendo, a unidade efectiva das histórias era a Figura Humana, seguramente existe sobre ela, um incontestável inventário reunido durante milénios, constituindo um valioso património à História da Arte.
Pode-se concluir que do percurso histórico da representação da Figura Humana nesta mostra com obras de artistas angolanos representativos, pintura, escultura, fotografia, instalação e vídeo, percebem-se as transformações estéticas e formais sofridas ao longo da história da arte angolana. 
Compreende-se ainda que esta exposição que envolve 89 obras, 57 artistas e uma secção lúdico-educativa pode traduzir a importância crescente no desenvolvimento cultural e contribuir para o estudo dos artistas e da arte angolana nela representados da década de 40 até aos dias de hoje; cruzar os fundamentos da tradição, da modernidade e da contemporaneidade; trazer debates nas questões de identidade, memória, história, estética e do desenvolvimento intelectual dos artistas às questões de ordem política e sócio-cultural.